A categoria "Premiações" surge com o objetivo de mostrar fotografias pessoais que tiveram êxito em concursos fotográficos nacionais e internacionais. Existem três possibilidades de premiações. Os prêmios principais, como troféus ou medalhas, são destinados apenas aos três primeiros colocados. Os melhores ranqueados logo abaixo - geralmente até o 20º - são agraciados com a Menção Honrosa. Finalmente, o Certificado de Aceitação é entregue àquelas fotografias que têm potencial para comporem a exposição fotográfica aberta ao público. Costumeiramente são aceitas de 10% a 25% do total de fotografias inscritas em um pleito.
Comecei a participar de concursos fotográficos a nível de Brasil e também fora do país a partir de 2015, quando me tornei sócio do Clube do Fotógrafo de Caxias do Sul - #CFCX, que possui, por sua vez, associações com a Confederação Brasileira de Fotografia (Confoto) e a Federação Internacional de Arte Fotográfica (FIAP).
Em 2018, inscrevi fotografias autorais no 54º Salão Jauense Internacional de Arte Fotográfica, realizado no município de Jaú (SP), no interior paulista. A minha surpresa foi grande ao ter sido agraciado com um Certificado de Aceitação pela obra "Inteligência Artificial", a mesma imagem que, meses antes, havia conquistado certificação semelhante em Changxing County, na China.
Sobre a imagem em questão, intitulada "Inteligência Artificial", é pura semiótica. Na verdade, o clique foi realizado em 2016, durante minha passagem pela cidade de São Paulo, capital. Fotografei a estátua dentro das instalações da Pinacoteca de São Paulo, no bairro Bom Retiro, na zona centro-norte da capital paulista. Assim que olhei para a estátua, sem cabeça, não fiquei tão impressionado. Mas a fotografia autoral exige que façamos trabalhos visuais. É importante para um fotógrafo poder se mexer de um lado para o outro, olhar todos os ângulos possíveis, inclusive, quando permitido, olhar 'de cima' e 'de baixo'. E foi assim, em um olhar 'de baixo', que enxerguei a câmera de segurança na parede da galeria de arte.
Bastou um posicionamento de alguns passos para o lado, outros para trás, e logo eu havia fotografado uma estátua cuja 'cabeça' era uma câmera de vigilância. Portanto, uma 'inteligência artificial', tal qual descrevi no nome da fotografia.
Eu confesso que, desde 2016, não entrei mais na Pinacoteca de São Paulo, e nem sei se a obra ainda está lá. Mas, se estiver, procurem fazer o mesmo exercício. Vale muito a pena!
